sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Panorama Regional



Desespero em Ibaiti
Nos últimos dias recebemos vários contatos de leitores da região de Ibaiti querendo saber se é verdade que mais pessoas estariam sendo investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por suposto envolvimento com crime de exploração sexual de menores.
O Gaeco de Londrina, em nota distribuída à Imprensa semana passada, admitiu que outras pessoas suspeitas de envolvimento no caso estavam sendo investigadas. Fala-se que atuais e ex-prefeitos, além de empresários, estariam na mira das investigações, mas tudo vem sendo conduzido em segredo de justiça por envolver menores.

Sem mandados
Segundo informações da delegacia de Ibaiti, o Gaeco mantém as investigações, mas até ontem nenhum outro mandado de prisão havia sido encaminhado à unidade policial.

Continuam presos
Além da proprietária de casa de prostituição responsável por arregimentar garotas menores de idade, continuam presos o policial civil e vereador eleito Elielson Carlos Araújo (PTB), mais conhecido como Tiguera e o ex-prefeito de Ibaiti e fazendeiro, Marlei Ferreira de Siqueira, que se encontra trancafiado numa delegacia do Mato Grosso. Tiguera foi eleito com 325 votos e, segundo a promotora Dúnia Serpa Rampazzo, responsável pela ação de improbidade administrativa, ele já foi afastado da função pública e o MP-PR já pediu à Justiça para que ele não assuma o cargo de vereador na próxima legislatura.

Foragido
O ex-prefeito de Japira, Wilson Ronaldo Rony de Oliveira Santos, ou simplesmente Rony como é mais conhecido, até agora não conseguiu reverter ordem de prisão expedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que acatou determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que condenados em segunda instância por órgão colegiado, aguardem presos o julgamento de seus recursos em instâncias superiores. Como Rony não se apresentou, ele é considerado foragido da Justiça.

Calmaria
Pouco se fala sobre a composição das mesas diretoras das câmaras legislativas da região. Em Santo Antônio da Platina especulações apontam que o vereador mais votado, Luciano de Almeida Moraes, o Vermelho (PTB), deve ser apontado como provável presidente. Mirian Montanheiro (PTN), que estreia na política, deverá compor a mesa, provavelmente como secretária.

Espaçoso
Servidor público das antigas questiona os colegas do magistério estadual sobre o espaço dado ao senador Roberto Requião no debate sobre a remuneração dos professores. Lembra que Requião deixou o funcionalismo sem aumento salarial entre 2002 e 2006, além de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o piso nacional do magistério.

Extremistas
Do colunista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, sobre a invasão de
Escolas no Paraná: “Parece evidente que os petistas e os extremistas de esquerda resolveram escolher o Paraná como uma espécie de laboratório de sua firme determinação de sabotar o país e de conduzi-lo a uma crise. É estupefaciente o que a ideologia mais rombuda, o desrespeito às necessidades dos mais pobres, a ideologização mais vigarista e canalha do ensino podem fazer”.

Calafrios
O jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, informa que o ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba por determinação do juiz Sérgio Moro, pode recorrer à delação premiada antes do que se imagina. A hipótese causa calafrios em Brasília.

O novo vilão da economia?
Dizem que o supermercado voltou a ser o vilão da economia. Não é bem assim. Pesquisas mostram o desemprego como o principal responsável pela inadimplência, dificultando o pagamento das dívidas. Segundo o SPC, nos últimos três meses, quase 40 por cento dos entrevistados atrasaram o pagamento porque ficaram sem trabalho. Os produtos supérfluos deixaram o carrinho do supermercado. Agora, só entram produtos básicos como arroz, feijão e carne. Quem trabalha nos supermercados já notou que os clientes não enchem mais os carrinhos como antes. A quantidade foi reduzida, a marca foi substituída e, ainda assim, as compras são parceladas, na maioria das vezes. A inadimplência também é vista no setor de vestuário e calçados. A compra de móveis e eletrodomésticos caiu de vinte e quatro para 16%. Isso mostra que os gastos estão sendo cortados onde dá. O brasileiro já percebeu que tem que ser mais consciente nas compras.
*Com a Coluna Mirador

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Panorama Regional



Vexame geral

A atuais prefeita de Abatiá, Maria de Lourdes Yamagami (DEM), está protagonizando um vexame depois que perdeu a eleição em seu município. Ela está tirando a esperança de emprego de dezenas de trabalhadores da sua cidade, que contam com ônibus pagos pela prefeitura para trabalhar na Yazaki, em Santo Antônio da Platina, e no abatedouro de aves da empresa Frangos Pioneiro, em Joaquim Távora. Após o resultado negativo das urnas, Lourdes suspendeu o transporte, causando o desespero em trabalhadores que dependem do emprego para sustentar suas famílias.

Solução paliativa
No caso de Abatiá, a interferência do prefeito eleito Nelson Garcia Junior (PDT) junto à diretoria da Yazaki aliviou um pouco a situação. A empresa aceitou bancar os custos de transporte até a posse do novo prefeito, que prometeu assumir o serviço. No entanto, o mesmo sucesso não foi possível junto à indústria Frangos Pioneiro, que se manteve irredutível em assumir temporariamente o transporte dos operários. Restou a eles abrir mão de parte do que ganham para pagar pelos ônibus.

Silêncio
Interessante que a reportagem da Tribuna do Vale, há dias vem tentando falar com a diretoria da Frangos Pioneiro, que não atende e nem dá retorno ao contatos feitos pelo jornal. A falta de comprometimento com a comunicação tem sido a desgraça de muitas empresas mundo afora. Suas diretorias esquecem-se que vivem em comunidades, partes interativas da companhia.

Desmoralização
O deputado federal João Arruda (PMDB) toda vez que se refere ao prefeito de Siqueira Campos, Fabiano Lopes Bueno (PSB), o Bi, demonstra desapreço ao político, a quem classifica de não confiável. Nesta semana a imagem do prefeito vem sofrendo uma erosão que ameaça sua estabilidade moral perante a comunidade. Na sessão do legislativo da última segunda-feira (17) ele foi chamado de mentiroso pelo vereador Aloísio Torres (PT), que o acusa de fugir da responsabilidade quando adota medidas polêmicas, como a suspensão do transporte de estudantes universitários para faculdades de municípios vizinhos. Bi teria dado como explicação uma determinação do Ministério Público diante da denúncia feita ao promotor. Na verdade, segundo o petista, a decisão de parar o transporte foi tomada pelo prefeito, que estaria tentando transferir a outros o desgaste causado pela medida.  
Porta da esperança
Na sessão plenária de terça-feira (18), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram por unanimidade de votos o registro de candidatura de Marcelo de Souza Pecchio (PSD) a prefeito de Quatá (SP). Pecchio concorreu com o registro indeferido, com recurso aguardando julgamento na Justiça Eleitoral. Com a decisão, o candidato foi eleito prefeito de Quatá, uma vez que os 5.987 votos que recebeu no dia 2 de outubro passam a ser válidos. Marcelo Pecchio teve o registro negado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que o considerou inelegível em razão de contas públicas rejeitadas, com condenação por órgão colegiado devido a ato doloso de improbidade administrativa.

Porta da esperança 2
A situação de Pecchio é parecida com a do ex-prefeito de Cambará, José Salim Haggi Neto (PMDB), que aguarda julgamento no mesmo TSE para ver confirmada sua vitória por diferença de mais de 5 mil votos contra o atual prefeito João Mattar Olivato (PSC). O próprio presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes vem criticando duramente a Lei da Ficha Limpa, que tem impedido muitos candidatos a concorrerem a cargos eletivos em todo país.

A expectativa de cada um
A Folha de S. Paulo diz que “os apoiadores de Lula vivem momentos de tensão com a expectativa, espalhada na internet, de que ele possa ser preso em breve”.
A expectativa de O Antagonista é relacionada à planilha “Amigo” e aos depoimentos de Emilio e Marcelo Odebrecht.
É relacionada também à denúncia pelo sítio em Atibaia.

Gastança
No ano do impeachment, cheio de incertezas políticas e econômicas, uma consequência era previsível: o aumento dos gastos com publicidade. As despesas com propaganda passaram de R$ 366,5 milhões em 2015 para R$ 571,9 milhões neste ano. O aumento é de 56% de um ano para o outro. O levantamento foi realizado pela site Contas Abertas com base nos recursos efetivamente pagos entre janeiro e setembro (pagamentos do ano acrescidos dos restos a pagar). O período engloba o final da administração de Dilma Rousseff, o governo interino e o primeiro mês de governo efetivo de Michel Temer. Os valores são correntes. Os dados consideram os gastos com publicidade de utilidade pública, institucional, legal e mercadológica.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Panorama Regional



Piadinha
O jornalista Valcir Machado, do NP Diário, viveu neste ano sua segunda experiência política. Nas eleições de 2012, aventurou-se à prefeito, arrastando na sua aventura a própria esposa, a professora Lucila, sua vice na chapa do PRTB. Fez 110 votos, uma vergonha!
Nas eleições deste ano aventurou-se a uma cadeira na Câmara de Vereadores. Teve um crescimento de 10 votos em relação à primeira disputa, totalizando a estratosférica marca de 120 votos.

Piadinha 2
Terminada a eleição, Valdir acompanhou o candidato a prefeito da coligação, Cassão, que foi a Curitiba agradecer o apoio dos deputados João Arruda e Romanelli. No texto que veiculou em seu site, se apresentou como coordenador da campanha do peemedebista, que foi o segundo lugar na disputa ao executivo platinense. Mas uma pra fazer rir quem conhece as megalomanias desse rapaz de 55 anos.

Secretariado
Uma fonte contou a este colunista que o prefeito eleito, Professor Zezão (PHS), deverá anunciar nesta terça-feira os nomes daqueles que deverão compor sua linha de frente na administração municipal de Santo Antônio da Platina.

Intolerância
Alessandro da Silva, mais conhecido em Siqueira Campos pelo apelido de Tampinha, é uma pedra no sapato do prefeito Fabiano Lopes Bueno, o Bi como é chamado. O rapaz é uma das poças vozes na cidade que se insurge contra atos questionáveis praticados pelo político, e por conta disso, vem sendo alvo de uma campanha que faz lembrar velhos regimes totalitários. Há cerca de 3 anos Tampinha denunciou suspeitas de irregularidades na administração dos recursos do transporte escolar de estudantes universitários. Passada a campanha, Bi suspendeu a cessão dos ônibus alegando que o Ministério Público mandou parar o transporte. Pior que estão jogando a culpa nas costas do denunciante, que está sendo responsabilizado pelo caso.

Intolerância 2
Por conta da veiculação de notícias na imprensa local insinuando que Alessandro é o culpado, ele vem sofrendo ameaças nas redes sociais.

Ineficiência
Semana passada foi registrado mais um incêndio em Joaquim Távora, em que a família perdeu tudo! No grupo de imprensa no wattsap jornalistas iniciaram campanha de arrecadação de donativos para socorrer o casal e duas crianças pequenas. Entre os membros do grupo ficou claro a ineficiência do departamento de assistência social da prefeitura tavorense, razão que justificou a iniciativa.

Só R$ 1.4 bilhão
O sexto levantamento de informações do Tribunal de Contas da União (TCU) relativo às Eleições Municipais 2016, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revela que cresceu consideravelmente o volume de possíveis irregularidades nas receitas e despesas de campanhas eleitorais. O total suspeito chega a R$ 1,41 bilhão, ou seja, quase metade do montante arrecadado por candidatos e partidos, que é de R$ 2,227 bilhões.  

Escalada
No início de setembro, segundo lista apresentada pelo TCU, a somatória de quantias suspeitas correspondia a cerca de R$ 116 milhões. Uma semana depois, o valor já ultrapassava R$ 275 milhões, chegando a R$ 388 milhões no dia 19 e em mais de R$ 554 milhões no final do mês. No começo de outubro, o valor superou a casa dos R$ 659 milhões.

Destaques
De acordo com o último relatório do TCU, dentre os indícios de irregularidades mais relevantes de despesas declaradas à Justiça Eleitoral, está o de uma agência de publicidade com apenas dois funcionários contratada para campanha no valor de R$ 219 mil. Em outro caso, uma empresa de produções cujo sócio é beneficiário do Bolsa Família prestou serviço no valor de R$ 3.570.000,00.

Escracho
Dos indícios envolvendo doações às campanhas, está o de uma pessoa física que recebe Bolsa Família e efetuou doação no valor de R$ 75 milhões, outro doador que doou R$ 50 milhões sem ter renda compatível e o de um prefeito que doou R$ 60 milhões para o seu diretório municipal. Além disso, o número de doadores falecidos subiu para 290. 
A lista do TCU aponta, ainda, que a quantidade de casos suspeitos chega a 259.968.

Parceria
As informações são resultados de um trabalho inédito de cruzamento de dados proporcionado pela parceria firmada entre o TSE e diversos órgãos públicos para fiscalizar a prestação de contas dos candidatos e coibir crimes eleitorais no período de campanha.

 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Panorama Regional



Espera angustiante
Os ex-prefeitos de Cambará, José Salim Haggi Neto, e de Quatiguá, Efraim Bueno de Moraes, ambos do PMDB, venceram com folga as eleições em seus respectivos municípios. No entanto, eles só assumirão suas respectivas prefeituras se ambos reverterem a cassação de seus registros determinada pelos juízes eleitorais de suas comarcas e confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde os processos aguardam sentença definitiva, promete julgar todos os processos do país antes da data da diplomação.

Eleições suplementares
Caso a TSE confirme a cassação do registro de Efraim e Neto, a tese da maioria dos advogados eleitorais é que a corte deva marcar eleições suplementares em 20 dias. No entanto, para juristas experimentados, entre os quais, Nildo Lubke, a tese de novas eleições pode ser contestada com base na Constituição Federal. É esperar para ver.

Siqueira Campos
O prefeito de Siqueira Campos, Fabiano Lopes Bueno, ou simplesmente Bi, como é mais conhecido, se reelegeu com certa facilidade, mas seu segundo mandato pode não ser dos mais tranquilos, apesar de controlar a Câmara de Vereadores. Um exemplo foi a recente mensagem que encaminhou ao legislativo solicitando autorização para parcelar um débito superior a R$ 800 mil que a prefeitura tem com a previdência municipal. O único voto contrário foi do vereador Aloísio Torres (PT), seu adversário na campanha, que pôs a boca no trombone denunciando irregularidades envolvendo a gestão do prefeito.

Enxugamento
Uma reunião, que deveria ocorrer no final da tarde de ontem, na prefeitura de Jacarezinho, iria decidir o tamanho das medidas visando reduzir custos com a folha de servidores comissionados e terceirizados. Fala-se em um corte na carne para enfrentar as advertências do Tribunal de Contas referentes aos percentuais elevados de comprometimento da arrecadação com a folha de pessoal.

Lei do retorno
Este colunista foi reconhecido por um senhor, ex-funcionário aposentado do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), que ao vê-lo na fila do caixa de um supermercado de Jacarezinho, aproveitou o momento para fazer um desabafo contra a ex-prefeita da cidade, Tina Toneti (PT). Visivelmente emocionado, ele comemorou a derrota da petista afirmando que ela o teria ludibriado ao convencê-lo a desocupar uma casa da antiga vila dos operários do órgão, com a promessa de que ganharia uma moradia popular em substituição. “Saí da casa acreditando que receberia outra moradia, mas isso nunca aconteceu. Minha mulher morreu de desgosto”, desabafou, dizendo que a derrota de Tina foi o castigo do destino.

Papai Noel
Tem gente que acredita em Papai Noel, basta vermos os números relativos aos valores doados para campanhas eleitorais deste ano. Segundo o TSE, o montante declarado pelos partidos e coligações aponta um volume estimado em mais de R$2,5 bilhões, Mas quando se conversa com um simples vereador eleito, este confessa, na cara limpa, que gastou mais de R$ 50 mil na campanha. Vale salientar que o limite por vereador no município do eleito é de R$10 mil. Quando o assunto envereda para as candidaturas a prefeito, aí a coisa dispara. Numa cidade onde o limite para prefeito era de R$ 108 mil, um candidato derrotado gastou mais de R$ 1 milhão. Em outro caso, um prefeito eleito, segundo assessores de campanha, teria despejado mais de R$ 300 mil na véspera e no dia da campanha. Ou seja, é uma eleição comprada.
  
A mulher no poder
No universo de 57.814 vereadores eleitos em todo o país no primeiro turno das Eleições Municipais 2016, realizado no dia 2 de outubro, 8.441 são mulheres, sendo que foram eleitas 638 prefeitas e 7.803 vereadoras. Desse total, a maioria – 113 mulheres – tem de 50 a 54 anos, número que diminui em direção às eleitas mais novas ou mais velhas: 107 têm de 45 a 49 anos; 102 estão na faixa de 40 a 44 anos; e 81 têm entre 35 e 39 anos, por exemplo. As faixas etárias de 75 a 79 e de 80 a 84 anos registram apenas uma prefeita eleita cada.

Distribuição do poder
O partido que mais elegeu prefeitas foi o PMDB, no total de 127, seguido pelo PSDB, com 78 prefeitas. Em seguida vem o PSD, com 73 eleitas. O PSB, o PR e o PP elegeram 48 cada. Já o DEM e o PDT, 36 cada. As demais prefeitas foram eleitas por outros partidos.

Pela cor
Entre as prefeitas eleitas, 454 são brancas, 168 pardas, 23 da raça amarela, 10 pretas e uma indígena. Entre as vereadoras eleitas, 4.873 são brancas, 2.542 pardas, 329 pretas; 38 da raça amarela; e 28 indígenas. Os números foram extraídos das Estatísticas de Resultados das Eleições 2016.