Mineiro esclarece polêmica
O
vereador reeleito José Jaime Paula da Silva (PSDB), o Mineiro, como é mais
conhecido, durante visita que realizou na tarde de ontem à redação da Tribuna
do Vale, se disse surpreso com um movimento nas redes sociais tentando obter
assinaturas num abaixo assinado visando forçar o plenário da Câmara de
Vereadores a cassar seu mandato legislativo por suposta quebra de decoro
parlamentar. Os autores da proposta anexaram um áudio no qual o vereador
estaria supostamente proferindo palavras de baixo calão contra as pessoas que
fizeram campanha na internet contra sua reeleição. “A voz que aparece no áudio
postado na internet é de meu filho, num momento de comemoração pela minha
reeleição. Se tivesse proferido as palavras da frase atribuida a mim assumiria,
mas não é o caso”, defendeu-se Mineiro.
Perseguição
O
vereador se diz alvo de perseguições de uma elite que não se conforma de uma
pessoa de origem simples, que não teve as mesmas oportunidades da maioria,
galgar posição política e social. “Qualquer coisa atribuida à mim é explorada
negativamente por essas pessoas. Trata-se de uma discriminação nojenta,
insuportável, que atinge minha família. Acredito que até minha origem negra tem
a ver com essas perseguições”, desabafa o vereador.
Exagero
A
reação de algumas pessoas liderança um movimento para cassar o vereador Mineiro
por conta de uma palavra forte contida numa frase isolada demonstra um inaceitável nível de intolerância. “Vão se
f... Ou Vão se ferrar!” São frases parecidas com o mesmo significado,
dependendo do contexto. Da mesma forma que atacaram Mineiro durante meses na
internet, seu filho se julgou no direito de reagir, desabafar. Quanta
humilhação os filhos do vereador devem ter sofrido ao longo desta campanha? E a
liberdade de expressão prevista no artigo 5º da Constituição. O mesmo direito
que os adversários tiveram em fazer piada da forma peculiar de Mineiro usar a
língua pátria para expor suas ideias, tem seu filho de retaliar aqueles que, na
visão do rapaz, agrediram seu pai. Sinceramente, temos coisas mais sérias a nos
preocupar!
Similaridade
Rafael
Greca, ex-prefeito de Curitiba, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-ministro
da República e, agora, candidato a prefeito de Curitiba, um dos homens mais
cultos deste país, proferiu recentemente uma frase que lhe custou a perda de um
terço dos votos que as pesquisas lhe atribuíam. Tudo porque cometeu equívoco de
explicar uma ideia de forma equivocada, bastando para que seus adversários
caíssem de pau. Nojeiras como essas é que nos deprime.
Agressores do anonimato
Terminada
a eleição, com a vitória de seus candidatos, alguns afoitos, ainda escondidos
nas tocas, valendo-se do anonimato proporcionado pela internet, dispararam
ameaças e acusações baratas contra aqueles que tiveram a coragem de por o dedo
nas feridas de seus apoiados. Um cidadão de Ribeirão Claro mandou mensagem fora
das redes a este colunista que respondeu de forma serena: “que o novo prefeito
promova o desenvolvimento que o povo tanto necessita. Mas se repetir erros do
passado, quando promoveu perseguições implacáveis, estaremos do lado dos
injustiçados. Esse é o papel da imprensa”. Não recebi resposta!
Perder por seis votos dói
A
eleição para prefeito em Pinhalão deve ter sido um sufoco para os dois
candidatos e seus eleitores. A cidade registrou a menor diferença de votos
entre os 26 municípios da abrangência da Associação dos Municípios do Norte
Pioneiro (Amunorpi). Apenas seis votos separaram a vitória da derrota. O
prefeito eleito, Sérgio da Agropecuária, PDT, que contou com o apoio do atual
prefeito, Claudinei Benetti, obteve
1.724 votos enquanto seu concorrente, o Dionísio, PTB, fez 1.718 votos.
Resumo
da ópera: o prefeito eleito que se cuide, porque seu concorrente já mostrou que
é forte, muito forte, por sinal.
Pedro Lupion
É
claro que as eleições de domingo 2, foram para eleger prefeitos, mas os
candidatos sempre contam com o apoio e o prestígio de deputados estaduais e
federais para que possam assegurar garantias de melhorias as suas cidades. O
deputado estadual Pedro Lupion comemora a eleição de 40 prefeitos apoiados por
ele no Estado. “Nosso grupo saiu fortalecido desse pleito”, disse. Na região,
Pedro também tem o que comemorar: 14 prefeitos eleitos, ou seja, ele conseguiu
a adesão de mais da metade dos municípios da abrangência da Amunorpi, que soma
26 cidades. Falando-se em macro região,
ainda contabiliza Santa Mariana, Nova Fátima, Arapoti e Jaguariaíva.
Pedro Lupion 2
Em
seu facebook, o deputado postou um agradecimento: “Meus amigos, passadas as
eleições municipais gostaria de agradecer ao carinho que fui recebido em mais
de 80 municípios paranaenses! A caminhada foi árdua e intensa. Aplaudo e
parabenizo nossos 40 prefeitos eleitos, nossos vice prefeitos e nossos
vereadores. Aos que não chegaram lá, meu abraço de carinho e conforto. Faz
parte da democracia, só vence ou perde quem disputa! Quero, do fundo do
coração, agradecer à minha equipe, meus companheiros e aliados.Vamos em frente.
Maiores e mais fortes”, concluiu.
Arrumou encrenca
Um
dia após as eleições municipais, o governador Beto Richa (PSBD) enviou um
projeto de lei à Assembleia Legislativa que suspende o reajuste salarial do
funcionalismo público por tempo indeterminado. A notícia foi veiculada no
Jornal Gazeta do Povo na tarde de ontem, 3. O projeto faz parte da nova fase do “ajuste fiscal” realizado
pelo Palácio Iguaçu. A reportagem traz que o secretário da Fazenda Mauro
Ricardo Costa, havia dito em julho que “não havia a menor possibilidade” de pagar
as promoções e dar o reajuste ao mesmo tempo. A soma dos pagamentos seria de R$
3,5 bilhões em 2017. Ao receber a proposta, a Assembleia já ecoou o
descontentamento do funcionalismo. A oposição ao governo diz que não aceita a
aprovação do que chama de “calote” contra os servidores.
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