Cotas de cargos
A campanha da ex-prefeita de Jacarezinho, Tina Toneti (PT), que concorre
a novo mandato, apresenta situações “inovadoras”. Um membro da coordenação
deixou vazar a um amigo que os candidatos a vereador tem cotas de cargos caso a
petista vença o pleito. A mesma fonte revela que a vereadora e candidata a
vice, Luciane Alves (PSB), teria a garantir de três secretarias, mais alguns
cargos de diretoria.
E os credores
A curiosidade geral é quantos cargos terão credores de Tina Toneti, que
apesar do “pialo” que levaram da ex-prefeita em sua breve aventura como
empresária, estão engajados na campanha. Para Lincolm Calixto, presidente do
PSB, ela deve R$ 450 mil. Deve outra bolada para o empresário conhecido por João
Carretero. Os dois entraram de cabeça na campanha, movidos por “ideologia e
paixão”.
Exorcismo na política
Em Jacarezinho tem um candidato a vereador, Rodrigo Bello Barbosa (PSC)
que se apresenta como o apelido de “Exorcista”.Ele vem chamando a atenção por
conta da exposição de vídeos nas redes sociais. De tanto postarem imagens
fazendo piada com ele, o rapaz corre o risco de desbancar o principal nome da
coligação, Fúlvio Boberg (PMDB), já que o grupo consegue obter, no máximo, uma
cadeira no legislativo local.
Festa do caixa 2
É visível que a campanha deste ano está bem mais pobre que em pleitos
anteriores, por conta da proibição da doação de recursos por parte de empresas.
No entanto, seria ingenuidade demais acreditar que as campanhas estejam sendo
custeadas de maneira legal. Em alguns casos é visível a disparidade entre os
candidatos.
Na região tem cidade em que um ou outro candidato esteja se
transformando em folclore, tamanha a onda de boatos sobre a compra de apoios.
Se verdade ou não, não se sabe, mas em Andirá, por exemplo, nos bastidores da
política local as conversas apontam a avidez de certo candidato no assedio à
lideranças ligadas a adversários.
Irregularidades
O ministro Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitora (TSE)
recebeu hoje na segunda-feira (5), do presidente do Tribunal de Contas da União
(TCU), ministro Aroldo Cedraz, a primeira lista de indícios de irregularidades
encontrados na prestação de contas dos candidatos às eleições municipais de
2016. De acordo com o relatório, no primeiro cruzamento de informações sobre as
receitas e despesas de campanha coletadas pelo TSE, foram identificados 38.985
doadores com indícios de irregularidades – 34% em uma base de 114.526. Nas
despesas de campanhas, 1.426 de 60.952 fornecedores apresentaram algum indício
de irregularidade, o que representa 2%.
Exemplos
Como exemplo, foram encontrados desde cidadãos mortos que contribuíram a
empresas fornecendo serviços, ou produtos, sem funcionários regularmente
registrados. Segundo o relatório, existem 35 casos de pessoas que já faleceram,
mas que se encontram na lista de doadores. Há ainda pessoas que recebem
assistência social, como o Bolsa Família, e ainda assim fazem doação.
Parceria
A ação inédita é fruto de parceria firmada entre o TSE e o TCU, que
permitirá que as informações enviadas por candidatos e partidos políticos sobre
arrecadação e despesas de campanha sejam cruzadas com registros de outros
bancos de dados. O objetivo é encontrar possíveis indícios de irregularidade nas
receitas e despesas de campanha das Eleições Municipais de 2016. Os cruzamentos
e as análises estão sendo executados a partir de informações sobre as receitas
e despesas de campanha coletadas pelo TSE, tendo sido baseados em regras
concebidas em conjunto pelos dois órgãos. É a primeira vez que a Justiça
Eleitoral desenvolve um trabalho tão rigoroso a respeito da prestação de contas
de candidatos ainda no período eleitoral.
Paradigma
Para o ministro Gilmar Mendes, o trabalho muda um paradigma em termos de
verificação. “A prestação de contas vai deixar de ser um faz de contas.
Todos esses batimentos poderão ser feitos e poderão resultar na impugnação do
próprio candidato. Temos questões maiores e questões menores. Mas, juntos,
vamos acompanhar tudo isso com muito rigor”, explicou.
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