Marginais da imprensa
Assim o prefeito de
Wenceslau Braz e presidente da Amunorpi, Taidinho dos Santos (PSB) definiu os
jornalistas Valcir Machado, do NP Diário e Ariozil Ferreira, editor de um Blog
em sua cidade. Os dois profissionais publicaram ontem em seus veículos que
existia a possibilidade real da prisão do atual e do ex-presidente da entidade
municipalista, por suposto crime de lavagem de dinheiro.
Segundo Taidinho, que
esteve na redação da Tribuna do Vale, onde apresentou uma certidão emitida pelo
Núcleo Regional de Trabalho de proteção ao Patrimônio Público do Norte
Pioneiro, desmentindo a informação, Valcir seria o autor do texto e Ariozil
“pegou carona” e transcreveu em seu blog o conteúdo.
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A certidão, assinada pela
promotora de justiça Kele Cristiani Diogo Bahena atesta que não existe processo
crime contra o prefeito e muito menos contra ex-presidentes ou outros prefeitos
da Amunorpi, portando, a notícia veiculada pelos dois blogs é falsa. A
representante do Ministério Público complementa em sua certidão que sequer
existe qualquer procedimento em que seja solicitada a prisão preventiva ou
temporária contra Taidinho, contra qualquer outro ex-prefeito ou chefe do
executivo dos municípios que integram a Amunorpi.
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Ontem, em sua página no Facebook, o prefeito de
Wenceslau Braz postou um desabafo pela violência que vem sofrendo por tarde dos
dois jornalistas: “começamos a segunda trabalhando, e já nos deparamos com
notícias mentirosas que prefeitos podem ser presos! Como o trabalho e a não
aceitação de chantagem financeira desesperam alguns “marginais de imprensa"!
Não cedo à chantagem de bandidos inescrupulosos! Esses caras são uma piada!
Estou indo a Santo Antônio tomar as medidas como queixa crime e outras!
Qualquer cidadão de bem se informe com o MP e vão constatar o quanto a falta de
dinheiro para sustento de seus vícios apavoram! Continuo com o propósito de
extirpar deste meio os maus profissionais ! Acabou a época que muitos pagavam
para não sofrer essas consequências! O que me importa é minha postura e
caráter! A Amunorpi e o povo da região já conhece essas figuras mal
intencionadas e marginais! Reafirmo que na duvida esclareçam com o MP!”
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da imprensa 4
Taidinho foi taxativo ao acusar Valcir Machado
de tentativa de extorsão. O prefeito conta que o dono do NP Diário pediu R$ 3
mil por mês para publicar matérias elogiosas sobre sua atuação na presidência
da Amunorpi e à frente da prefeitura. Como não aceitou, desde então vem
sofrendo todo tipo de ataque. Quanto a Ariozil, Taidinho preferiu classificar
como um caso “patológico”.
Lei do direito de resposta
O
ministro Dias Toffoli, do STF, suspendeu na última sexta-feira (18) o
trecho da lei do direito de resposta, do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que
prevê decisão colegiada para a suspensão da publicação de respostas em veículos
de imprensa. A decisão de Toffoli é liminar, ou seja, ainda deve passar pelo
plenário do STF, e deu razão a uma ação direta de inconstitucionalidade
proposta pela OAB. De acordo com o ministro do STF, a suspensão do direito de
resposta poderá ser determinada por um desembargador, individualmente, segundo
informações de Veja.
Inconstitucional
Inconstitucional
A
OAB entrou com a ação de inconstitucionalidade no dia 16 de novembro, quatro
dias depois da lei que regulamenta o direito de resposta ser sancionada por
Dilma Rousseff. Assinada pelo presidente da OAB, Marcus Vinícius Coelho, a ação
argumenta que a regra que define suspensão da publicação do direito de resposta
é desequilibrada, pois ao pedido de direito de resposta basta a análise de um
juiz, enquanto o recurso dos veículos de comunicação contra os pedidos deve ser
analisado em colegiado.
Efeito suspensivo
Efeito suspensivo
Dias
Toffoli concordou com o texto da OAB por avaliar que cabe a juízes rever
decisões tomadas por instâncias anteriores. Toffoli diz que "admitir que
um juiz integrante de um tribunal não possa, ao menos, conceder efeito suspenso
a recurso dirigido contra decisão de juiz de primeiro grau é subverter a lógica
hierárquica estabelecida pela Constituição".
Prazo
Prazo
A
Nova Lei de Direito de Resposta - Pela lei sancionada em 12 de novembro por
Dilma Rousseff, a pessoa ou a empresa que se sentirem ofendidas terão sessenta
dias para pedir a retratação ou retificação da informação. "Se o veículo
de comunicação social ou quem por ele responda não divulgar, publicar ou
transmitir a resposta ou retificação no prazo de sete dias, contado do
recebimento do respectivo pedido, restará caracterizado o interesse jurídico
para a propositura de ação judicial", diz o texto. A resposta deverá ter
as mesmas características de destaque, publicidade, periodicidade e dimensão da
matéria considerada ofensiva, se publicada em mídia escrita ou na internet. Na
televisão ou nas emissoras de rádio, a retratação também deverá obedecer as
mesmas características da matéria ofensiva, como duração e alcance territorial.
Que golpe?
Para
71% dos paranaenses o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não é
golpe, revela levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado neste
sábado, 19, na Gazeta do Povo. Apenas 25% dos entrevistados disseram que
sim. Atualmente, essa é uma das principais linhas de defesa do governo diante
da opinião pública: tentar convencer que impeachment é golpe e convocar a
população para uma “luta pela democracia”. As entrevistas foram realizadas
entre os dias 10 e 14 de dezembro, em 60 municípios do estado. A margem de erro
é de 2,5 pontos porcentuais, e o grau de confiabilidade é de 95%.